Cobertura Manancial 2011 – parte 3/3


Foto: Sandra Ribeiro. Bate-papo entre artistas e agentes do Coletivo.

Foto: Sandra Ribeiro. Bate-papo entre artistas e agentes do Coletivo.

O 3º dia do festival foi recebido pela chuva que parecia revigorar nossos mananciais. Além das seis bandas que se apresentariam, a novidade de presenciar uma Batalha de MC’s, ao vivo, entusiasmou o público e alguns participantes.

A partir das 14h00, o SESC Poços de Caldas começou a receber jovens e adultos que subiam até o terceiro andar do prédio, onde aconteceriam as apresentações musicais. À medida que mais pessoas chegavam, o acúmulo de alimentos doados ao programa Mesa Brasil crescia. Talvez na mesma proporção, multiplicavam-se as rodas de conversas entre alunos de escolas distintas, da rede estadual, municipal e também de instituições privadas, que se mesclavam em um intercâmbio de experiências e informações.

Foi nesse ambiente sadio e de intenso aprendizado que os artistas começaram a subir ao palco. Gêneros como o Pagode, o Sertanejo, o Rap e o Rock se encontraram no mesmo âmbito, o de se fazer música independente. Em uma sequência de pouco intervalo e muita música, grupo Prestígio (Escola Padrão), João Guilherme e Retrô Urbano (Escola Estadual David Campista), 360° Flip (Instituto Educacional São João da Escócia), Lilithy (Escola Estadual Polivalente) e Ministério Livre Soul (Escola Municipal José Vargas de Souza), mostraram suas composições autorais deixando de lado as canções dos seus ídolos, já interpretadas por muitos, e buscando nessas apenas as inspirações para as suas próprias letras e melodias. Durante dois momentos, rappers poços caldenses foram o destaque em uma Batalha de Freestyle, onde DJ Mancha, o anfitrião, mediava os improvisos sobre temas “jogados” pelo público. Sob o comando de LeoPac nas bases, Dough foi o MC campeão, em uma final inusitada –  e de muito bom humor, dado o jogo de cintura do casal – confrontando Thalita MC, sua namorada.

Ao final do evento, uma grande roda de conversa entre os agentes do Coletivo Corrente Cultural e participantes relembrou o verdadeiro objetivo do festival, a constante troca de experiências. A competitividade incitada em alguns métodos pedagógicos preparatórios para os vestibulares, gentilmente não passou pelo Manancial, que preza pela união da cena cultural da cidade e que aposta que a futura geração dos agentes produtores de cultura, sejam músicos, escritores, artistas plásticos ou atores, certamente estão nos nichos estudantis e devem se somar.

Fique ligado na Cobertura do Manancial 2011 que trará um documentário audiovisual completo – com todas as apresentações, além de entrevistas com participantes, organizadores e público presente – preparado pelo Núcleo de Produção Audiovisual do Coletivo Corrente Cultural.

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