Ecletismo e bom gosto!


Foto: Matheus Siqueira

Foto: Matheus Siqueira

Virou rotina o New York Pub se transformar uma vez por mês em um espaço dedicado a trabalhos autorais. Na quarta-feira (29) o bar foi palco de mais uma edição memorável da Noite Independente, que manteve o ecletismo e mostrou três trabalhos de estilos distintos, porém com o mesmo objetivo: mostrar pra quem assistiu que quem cria e não tem a notoriedade de um artista do mainstream também merece – e muito – respeito!

Já estava tudo pronto quando o palco foi invadido por cinco carinhas bem vestidos, engomados. Se tratava da banda poçoscaldense Havanna (www.palcomp3.com.br/bandahavanna), que dispensou toda formalidade da vestimenta quando encheu a cabeça dos presentes de riffs marcantes e bem característicos de guitarra, baquetadas violentas e vocais bem elaborados.

As canções da banda passeiam entre a calmaria e a pauleira sem nenhum tipo de padrão ou preconceito. Vale lembrar que os “cubanos-mineiros” foram terceiro lugar no Festitel 2010 – evento promovido pela Inatel em Santa Rita do Sapucaí – MG.

O rock da Havanna deu lugar à calma, à sutileza e a doçura da voz de Nathália Diniz (www.youtube.com/NathaliaDinizMUSICA), também de Poços de Caldas. A cantora apresentou pela segunda vez seu trabalho em ações do coletivo e de novo conseguiu prender a atenção de quem a viu com sua voz que acalma e hipnotiza. Ela é pop, é samba, é romântica…ela é uma união do que a música brasileira tem de melhor. Suas canções tem harmonias simples, singelas, mas que conseguem dizer muito a quem ouve!

Depois da injeção de calma estavam todos preparados para a última apresentação da noite: The Cleaners (www.myspace.com/thecleanerstheband)! Os paulistanos mostraram que não saíram da terra da garoa para passarem por Minas Gerais despercebidos. Com as guitarras temperadas com muito delay e distorções, bateria precisa e vocais afinadíssimos, o quarteto mostrou energia do começo ao fim com a sua apresentação. Digamos que o show foi ensurdecedor, no sentido literal – e bom – da palavra. Todo mundo ficou espantado com o que viu, os integrantes “deram o sangue” e tocaram como se fosse o último show de suas vidas, tanto que a guitarra de um dos guitarristas terminou a apresentação marcante com apenas quatro cordas!

Final dos shows, mais uma missão do Corrente Cultural cumprida! A 6ª edição da Noite Independente marcou a estréia do Varal Cultural, que resumidamente é um barbante estendido pelo corredor do New York Pub onde foram expostos trabalhos de poesia e fotografia, de Renan Moreira e Sandra Ribeiro, respectivamente. O que já não é novidade nas NI’s e ocorreu de novo foi a transmissão em tempo real de tudo que rolou por lá através do Twitter e Twitcam, aliás, tivemos espectadores assistindo da terra do Maradona! A tendência é justamente essa, que o Corrente Cultural ultrapasse as fronteiras, tanto as geográficas, quanto as fronteiras mentais de quem consome música.

Que venha a próxima Noite Independente!

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