Grito.Doc 2011


Grito.Doc 2011

Grito.Doc 2011

Se você acha que o Grito Rock 2011 já teve o seu fim, é ai= que você se engana! Apesar do maior festival integrado de música independente da América Latina já ter acontecido em algumas cidades, a corrida para a edição dos mini-documentários registrados, mostrando de que maneira esse evento aconteceu em cada lugarzinho do país está a todo vapor. Coletivos de todo o Brasil estão trabalhando para que sejam postados novos episódios fresquinhos, que você já pode conferir na Web Tv Fora do Eixo.

O Grito.Doc é isso: um projeto colaborativo idealizado pelo Clube de Cinena FdE para deixar arquivado não só na memória, mas como também em pequenos documentários, momentos que contam como foi a história do Grito Rock em cada lugar.

Para conhecer melhor e poder compartilhar mais sobre este assunto, convidei Rafael Rolim (Coordenador Nacional do Clube de Cinema), Flávio Charchar (Coordenador Nacional do Grito.Doc) e PC Belchior (Coordenador do episódio Poços de Caldas do Grito.Doc) para uma pequena entrevista realizada por e-mail.

Segundo Charchar, o Grito.Doc nasceu da vontade de trabalhar um projeto integrado que espelhasse o Grito Rock, mas dentro do contexto Audiovisual do Clube de Cinema Fora do Eixo. Em 2010 foram 16 episódios com uma cara muito forte de cobertura colaborativa de WebTV. Neste ano, comparando com o trabalho feito há um ano, ele diz: “basta assistir os 18 episódios que já saíram para entender a diferença clara na linguagem, mais rebuscada e experimental, produzida por agentes mais capacitados e por um número cada vez maior de interessados”. Ainda segundo ele, estão programados no total, 44 episódios, sendo que 13 deles, mais de 1/4 do planejamento total, serão produzidos na regional MG/ES (um episódio do Espírito Santo). Destes, sete cidades mineiras já divulgaram seus episódios. A produção audiovisual das cidades do interior do estado, como diz Charchar, “ganha uma projeção nacional tanto pelos produtos voltados para a web quanto como produção audiovisual local. O Grito.Doc reforça essa realidade e representa um momento excelente para as produtoras e uma oportunidade bem interessante de participar de um projeto com todas as características de nosso trabalho no Circuito Fora do Eixo”.

De um ano pra cá, o Grito.Doc sofreu algumas alterações na sua construção. Rafael Rolim pautou que a principal mudança de 2010 para 2011 está na duração do episódio que foi encurtado de 5 min para apenas 2 min e meio, obrigando também o realizador a um novo desafio: “enxugar o tempo de duração dos episódios vem em confluência à ideia de mosaico-cultural que a série tem. Ao fim da série temos como objetivo editar um filme, um documentário sobre o Grito Rock com as leituras trazidas por cada episódio”. Assim, o Grito.Doc adquire uma característica mais cinematográfica e documentarista.

Em Poços de Caldas, o Coletivo Corrente Cultural agrega o núcleo de AudioVisual que vem trabalhando de uma maneira muito positiva e com boas perspectivas. PC Belchior, responsável pelo episódio do Grito.Doc da cidade, afirma que “documentar e promover o trabalho local em vídeo é um meio de mostrar para toda e rede, e a Poços, o que estamos realizando, além de que a troca de experiências em produções colaborativas permite corrigir erros comuns e dividir os acertos com pessoas de todo o Brasil, resultando assim em uma entrega coletiva de maior qualidade para o Clube de Cinema.”

A aproximação do núcleo de AV do Corrente com o Clube de Cinema FdE ganhou maior proporção desde a última Imersão em Sete Lagoas, que aconteceu em janeiro deste ano e permitiu entender melhor o trabalho audiovisual proposto pelo Fora do Eixo. A participação em reuniões nacionais e nas listas de e-mails facilitou a realização e produção do episódio Poços.

Entre os mais de 15 temas disponíveis para serem abordados pelos coletivos, o tema escolhido por PC foi “shows”. Ele diz que optou por mostrar os shows através da perspectiva de uma das bandas e tendo como personagem um de seus integrantes. Foi nessa visão que escolheu a banda poçoscaldense Mekanos, com a qual vem trabalhando na produção do segundo CD. “Venho acompanhando vários ensaios. Por afinidade e otimização do tempo optei por escolher o vocalista Gustavo e sua banda como personagens do Grito.Doc. Para quem produz um documentário, tal proximidade e intimidade com o entrevistado facilita bastante o registro, pois permite uma liberdade e sinceridade maior de ambas as partes no resultado final”, afirma PC, que destaca uma passagem do vídeo: “quando cheguei ao NY Pub e encontrei o Gustavo, um bloco de carnaval estava passando há um quarteirão dali. Obviamente resolvemos realizar parte da entrevista dentro da folia, como meio de inserir o evento no contexto do carnaval da cidade. Vocês poderão conferir o resultado disso tudo assistindo ao vídeo!”

Todo esse material produzido será distribuído inicialmente na Web TV Fora do Eixo, segundo Rafael Rolim. Ele completa dizendo que já existe uma procura de sites de cultura interessados em veicular a série depois de finalizada, e que, além disso, a TV Brasil veiculou o episódio de abertura e demonstrou interesse em seguir veiculando a série. “A busca por plataformas de exibição está só começando.”

Agradeço a colaboração e participação dos entrevistados por se disponibilizar a compartilhar um pouco mais sobre este assunto e uma chamada a todos, para que fiquemos atentos a este trabalho e aos novos episódios que ainda serão publicados.

Assista o Grito.Doc #10 – Poços de Caldas