Grito Rock (3º dia) – Magnetismo power na têia!


Foto: Léo Zaneti

Foto: Léo Zaneti

Mais um dia de folia… carnaval, pegação, muito axé na cabeça da galera. Respeito quem curte assim, mas eu prefiro a distorção à batucada. O Grito Rock está sendo, pelo segundo ano, a válvula de escape pra quem quer ser diferente da maioria nessa época do ano. As noites tem tido coisas em comum: o espaço pra andar no NY Pub é raro; a empolgação do público é muita, e isso é bom (muito bom). Três bandas puxaram o nosso bloco: Jennifer Magnética, The Galo Power e Danateia Rock.

Depois do que eu vi a banda Jennifer Magnética fazendo, cheguei a conclusão de que o termo “power trio” está meio ultrapassado, tem que ter uma palavra mais forte que substitua o “power”. O porque de eu estar falando isso você só poderia entender se tivesse comparecido, infelizmente. Foi uma verdadeira porrada o show do trio, que mistura muito bem o som orgânico, ao vivo, com samplers – o que deixa o som bastante original. Isso sem falar no sincronismo e entrosamento dos caras, que dispensa comentários. Não é à toa que eles se dispuseram a vir de Campo Grande-MS até a nossa humilde cidade pra mostrar o que andam produzindo por lá. Eles sabem que o que fazem tem qualidade.

“As formigas também amam quando não estamos em casa”. Nunca parei pra pensar no amor das formigas, mas se isso for verdade, ainda bem que eu deixei os insetinhos se amando lá em casa pra vir aqui e assistir o show dos caras.

Goiânia, uma cidade conhecida pelas duplas sertanejas consagradas lá formadas… esse discurso já tá velho. Agora, pra mim, lá é a terra do rock n’ roll. Quem me mostrou isso? A banda The Galo Power! Sabe aquelas bandas que te fazem mexer o esqueleto, dançar agarradinho com alguém e curtir de olhos fechados solos de guitarra de puro feeling? Então, eles são assim. A dupla de vocalistas se destacam pela potência vocal de ambos e por uma dessas pessoas ser uma mulher. Com o baixo carregado de distorção, uma guitarra que roubou a cena pelo modelo exótico, chapéus e músicas feitas com muito bom gosto, a banda terminou seu show do jeito que começaram: de forma triunfal.

Pra fechar com chave de ouro, uma prata da casa: a Danateia Rock. O quarteto é reincidente por três vezes em eventos do Corrente Cultural, e tudo começou no festival Manancial, no qual eles foram selecionados, posteriormente para o #VaiSuldeMinas, que aconteceu em dezembro do ano passado. Todas as reincidências aconteceram, obviamente, porque o som da banda tem qualidade e potencial pra encarar os eventos, e eles mostraram isso mais uma vez, com riffs pesados e um vocal “rasgado”, no melhor sentido da palavra.

Seu carnaval está sendo tão legal quanto o nosso? Se a resposta é não, ainda dá tempo de você salvar a sua folia comparecendo hoje, no último dia do evento, pra curtir as bandas Havanna e Mekanos, ambas daqui da terrinha.

Depois de tanto rock na cabeça, acho que o que vai sobrar de mim na quarta feira são só cinzas. Mas não tem problema, é uma ótima causa e eu não ligo de ser convertido a cinzas depois de tanta música boa que eu pude ouvir.

Tem gente que grita refrões pobres feitos unindo vogais atrás de um caminhão com toneladas de som, eu Grito Rock!

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