#GritoRock2012 – A crocância do rock paulistano


Japanese Bondage. Foto: Thaís Helena

Japanese Bondage. Foto: Thaís Helena

Começou o show da banda de “rock crocante” Japanese Bondage (São Paulo – SP) e eu voltei, por alguns momentos, aos meus tempos de moleque. Sabe aqueles jogos de skate que você ouvia uns rocks empolgantes ao fundo enquanto fazia as manobras? Então, a impressão que eu tive foi de estar ouvindo uma daquelas bandas ao vivo. Bom, Playstation e nostalgias à parte, vou falar mais sobre o show.

As “guitarradas” são sujas, muita distorção, muito peso, rock n’ roll. Pedro, o vocalista, vestido com uma camisa do São Paulo Futebol Clube, vai da calmaria melódica à ira de vocais rasgados sem pensar muito, e o resultado é excelente. Curioso é que ele falando é calmo, tímido eu diria. O baixista, Francisco, que tem o Flea – a parte grave dos Red Hot Chili Peppers – tatuado no braço, aposta em linhas simples e diretas, que preenchem perfeitamente a pauleira da banda. As baquetadas e pisadas de Johnny foram tão empolgadas que chegaram a danificar o pedal do bumbo. Mas quem se importa com isso? O que eles queriam era rock n’ roll. Eles e todo mundo que estava no New York Pub.

E foi assim, nostalgicamente, que eu tive o prazer de lembrar da minha infância vendo essa banda de qualidade indiscutível tocando ao vivo. E como não poderia deixar de ser, vou finalizar mais uma resenha jogando uma coisa na cara de você que preferiu ficar em casa: perdeu a chance de curtir um carnaval sem abadás.