Um misto de emoções…


Foto: Léo Zaneti

Foto: Léo Zaneti

Casa lotada, musicalidade tomando conta do ambiente. Entre gritos de rock, expressividade refletida na plateia. A coletividade mostrou o quanto deu forças para o cenário independente num carnaval de [re]conhecimento! E isso só foi possível tamanha a organização e colaboração.

Desde a seleção das bandas até a hospedagem solidária organizada pelo nosso coletivo – trabalho e mais trabalho, ajusta aqui, ajusta ali… – o evento foi se configurando e o retorno não poderia ser melhor! As apresentações foram sensacionais e os músicos vieram de encontro ao público com vísceras, tripas e falta de ar.

A diversidade não estava só no som das 11 bandas que tomaram o palco durante os quatro dias de evento, estava também em todas as 627 pessoas que participaram como espectadoras dessa entrega tão verdadeira – e a resposta se deu com sorrisos, espanto, lágrimas e muitos aplausos. E não é exagero não… cada um se deixou afetar a sua maneira, e era nítido.
Em meio à seriedade da expressão Rock n’ Roll, houve pitadas de senso de humor e crítica à realidade que nos cerca, o que definia a identidade de cada banda. Assim, o Grito Rock 2011 – Poços de Caldas ganhou visibilidade e admiração daqueles que entraram em contato com essa nova forma de valorizar o trabalho autoral e de fazer um carnaval diferente.

Para a felicidade de todos, a banquinha com os trabalhos das bandas que se apresentaram “bombou” todos os dias, mais de 50 CD’s foram vendidos. Houve também a ExpoGrito 2011 – elaborada pelo Núcleo Poéticas Visuais do Circuito Fora do Eixo (#CFE) que, através de televisões instaladas no ambiente, completou o cenário com as exposições de artistas de todo o Brasil. Contamos ainda com 150 cópias do OrFEL – o primeiro zine literário pertencente a Fora do Eixo Letras (#FEL), uma frente também do #CFE que nos trouxe uma miscelânea de palavras expressas numa linguagem mais diversificada possível, isto é, para além da palavra-livro, dando vida à palavra-digital,  à palavra-quadrinhos,  à palavra-visual,  à palavra-teatro e à  palavra-música.  Os trabalhos inscritos foram mais de 100 e dentre eles 14 selecionados pela curadoria da #FEL e pelo Núcleo de Poéticas Visuais. Nesse âmbito, os mais de 50 coletivos da rede espalhados pelos quatro cantos do Brasil puderam dar voz também à literatura e às artes visuais enquanto coletividade.

O evento foi fantástico e não poderia acontecer se não fosse as mãos dadas e as também estendidas. Encerro então, com os mais sinceros agradecimentos:

– Obrigada pela sinceridade das bandas e de cada membro que as constitui, pelo amor declarado ao que fazem e pela disposição daqueles que enfrentaram quilômetros e quilômetros de estrada;
– Obrigada pelo respeito da plateia, que mesmo que tenha se identificado mais com uma ou outra banda, ainda assim vibrou com cada apresentação;
– Obrigada ao pessoal da produção, pelo trabalho realizado com sucesso;
– Obrigada a todos que cobriram o evento, seja o pessoal do audiovisual ou resenhistas;
– Obrigada a todos que acompanharam via twitter  e pela Web Rádio Fora do Eixo;
– Obrigada a todos que se dispuseram a ajudar de alguma forma – porque toda ajuda é sempre bem-vinda e reconhecida;
– Obrigada, enfim, a todos que de fato assumiram o compromisso a que se propuseram cumprir e que mesmo que tenham perdido horas e horas de sono, gritaram a voz da independência e fizeram esse evento acontecer e entrar pra história da corrente que nos une.

Valeu demais cada segundo vivido nesses dias. Valeu demais meus queridos correnter’s!! Rumo a outras realizações!!!